domingo, 24 de fevereiro de 2008

ººFloresºº

Flores
Sabonetes

Ela me deu noutro dia um colar (De flores)
Eu pendurei na parede do ático
Desse colar com seu leve perfume (De flores)
Ela embebeu as rosas de plástico

Me embriaguei com seu cheiro no ar (De flores)
Me alucinei com o seu poder mágico
Eu inalava feliz seu perfume
E já sentia brotar dentro de mim
Um desejo um ciúme
Dela eu passava a gostar

Mas o colar não eram só flores
Nela eu notei o seu jeito suástico
Sempre a fumar, falava horrores
Mas o colar eu lembrava do seu rosto plástico

Eu inalava feliz seu perfume
E já sentia voltar
Dentro de mim o desejo o ciume
Dela eu tornava a gostar


Ela de fato tinha um jeito vulgar
Estar ao seu lado tornou-se tão pessimo
Eu, desolado buscava o colar (De flores)
Mas me esperava em meu quarto
Um desfecho trágico

Eu a buscava como de costume
Eu só queria me voltar
Mas no colar
Não havia perfume
Evaporou-se no ar


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